domingo, 23 de novembro de 2008

Tudo que vai....

Uma vez Che Guevara disse “Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.

Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa muito calma, é difícil alguma coisa que faça eu perder o meu equilíbrio... é como se nada me apavorasse, nem mesmo o anuncio do fim do mundo. As vezes as pessoas se espantam, perguntam como posso ser tão calma diante de situações que qualquer outra pessoa ficaria no mínimo nervosa... talvez isso se deva ao meu pai que também é assim, nunca vi ele perder o controle ou a calma em nenhuma situação, por pior e mais apavorante que ela fosse... e ele sempre me passou isso. Ou talvez seja pela fé inabalável que tenho... sinceramente não sei, e também não sei se isso é bom ou é ruim... Mas diante uma injustiça, eu tremo. Esse é o meu ponto fraco.

De todas as calamidades que possa me afligir, a que mais dói é a injustiça. Desde muitos anos o Direito tenta definir o que é justiça, há milhares de doutrinas e teorias as quais levarei mais alguns anos estudando... mas não é preciso ter nenhuma bagagem cultural gigante, nenhum senso de justiça filosófico ou religioso pra saber do que estou falando. Não falo dessa justiça relativa, do que é justo para um e o que é justo para outro, se é justo ser preso ou ser absolvido... Falo agora daquela injustiça absoluta, que se vê com os olhos e que as vezes se sente na pele. “Não julgueis para não ser julgados.” Mas o fato é que julgamos, e que somos julgados o tempo todo... que muitas vezes erramos, e erramos com os outros, e que alguns erram com a gente. E isso dói, e julgar quem não tem o poder de defesa dói mais ainda. O que pretendo mostrar quanto à questão do julgar, é que as pessoas em seu dia-a-dia praticam e não sabem o alcance desta palavra que não fica unicamente no pensar, ou falar de alguém, mas de trazer repercussões muito mais fortes do que se imagina. Eu prefiro ser passada pra trás, prefiro cair, prefiro me arriscar, do que ter que acusar alguém sem ter certeza, não sei tirar conclusões de meias verdades. Pense setenta vezes sete vezes antes de atirar uma pedra... há uma força natural que rege o mundo, e ela se chama justiça. Tudo que vai, volta.

Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão. (São Mateus 7, 1-5)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Explicando...

Amigos, amigas, família e pára-quedistas do google de plantao. Resolvi vir aqui me explicar sobre o post que fiz sobre motoristas, talvez não tenha me expressado bem. Eu nao quis de forma alguma generalizar e dizer que os homens sao ótimos motoristas e as mulheres não, pelo contrário, acho que muitas vezes as mulheres são muito mais atenciosas, cuidadosas e disciplinadas no transito. As mulheres sao mais inseguras e por isso acabam fazendo algumas barberagens mas tambem acabam por tornarem-se mais cuidadosas. Já os homens sao mais seguros, agressivos e impacientes, deve ser por isso que a maioria dos acidentes de transito são causados por homens(não sei ao certo as estatisticas). Deve ser por isso tambem que em alguns lugares o seguro de carro para mulheres é mais barato que para os homens, hm?
Tambem não quis generalizar quando disse que pessoas mais idosas nao deveriam dirigir. Como a Glenda falou, sua avó dirigiu até os 85 anos e nunca teve uma multa na carteira, o que é muito respeitoso. O referido post foi mais uma brincadeira com esse velho pensamento de que as mulheres no volante sao um desastre e talvez eu tenha sido mal interpretada.

Toda moeda tem dois lados. That's all.

domingo, 16 de novembro de 2008

O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra.



Em 1854, o presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Pierce, enviou uma carta ao cacique, Noah Sealth da tribo Duwamish, mais conhecido como Chefe Seattle, onde manifestava o interesse de adquirir a terra onde viviam aqueles índios. Resolvi postar aqui porque achei uma verdadeira prova de amor e respeito ao meio ambiente, é um pouco grande mas vale a pena ler...
Essa foi a resposta do Chefe Seattle:

"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em
Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.
E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir.Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum.
É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e ferí-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnadas do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.
Onde está o arvoredo? Desapareceu.

Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Estaciona e espera passar.

Entre algumas das moléstias que a raça humana pode ter estão os maus motoristas. Eu nao quero ser preoconceituosa, de forma alguma, até porque me considero uma ótima motorista e tambem conheço muitas ótimas motoristas mulheres. Mas, ainda assim, creio que algumas mulheres no volante continuam sendo um grande desastre. E os velhos/as, ou pessoas de mais idade, para aqueles que se sentirem ofendidos.
Isso acontece por motivos muito simples. As mulheres nao conseguem ficar com as duas mãos simultaneamente no volante para dirigir. Elas estao sempre fazendo duas, quatro, oito, dezesseis, trinta e duas coisas ao mesmo tempo. Enquanto seguram uma mão ao volante, com a outra arrumam o cabelo, retocam o gloss, o rimel, o lapis de olho, mexem na bolsa, mandam mensagem pelo celular, atendem o celular, dao toque pelo celular, comem, fumam e limpam o óculos. Já as pessoas de mais idade com o passar do tempo perdem a agilidade e a atenção, dois requisitos basicos para dirigir com segurança. Não dão pisca pra dobrar a direita, pra dobrar a esquerda, pra sair, pra entrar, fecham o nosso carro, fecham outros carros ou acham que são os donos da rua, nao ficando nem a direita nem a esquerda, mas sim no lugar predileto deles, no meio.... Desculpem vovós e vovôs mas ta na hora de parar de dirigir, né?

Esses dias voltando da aula presenciei uma cena que me chocou.


Uma mulher fazia, ou melhor, tentava fazer uma baliza. Para quem desconhece, se faz uma baliza quando se estaciona um carro entre outros dois carros ou qualquer coisa que limite o espaço.
Bom, o que passou é que me deparei com esta assassina de carros, estacionando o carro de uma forma bastante peculiar. Quando ia pra frente dava uma batidinha no carro da frente. Logo engatava a ré e dava uma batidinha no carro de trás. Engatava a primeira e ia mais um pouquinho pra frente e novamente, bum no carro da frente. Colocou a ré, foi pra tras e bum no carro de tras. E assim foram repetidas vezes. Ou seja, o parametro que ela usava para ter que engatar a ré ou a primeira marcha, era justamente aquela batidinha que ela dava nos carros. E assim ela foi indo, destruindo impiedozamente o carro da frente, o de trás, o da frente, o de trás, e o seu próprio infeliz automóvel. Filha, nao se faz isso com os carros...

Maus motoristas ao volante parte dois: uso indevido de buzina. O código brasileiro de transito diz que devemos usar a buzina para alertas e que deve-se dar toques breves, suaves. Algumas pessoas a utilizam pra qualquer motivo, entre eles carros, motos, cruzamentos, engarrafamentos, velhas, velhos, crianças, crianços, outras mulheres, homens, engarrafamentos, atropelamentos, pessoas na contramão, velhos com crianças, crianças com velhos, bicicletas, velhos com crianças de bicicleta, crianças jogando bola, crianças no cruzamento, velhos no cruzamento, pessoas na contramão jogando bola com velhos e crianças, uma manada de búfalos atravessando a rua, bufalos no cruzamento, crianças montadas em búfalos, búfalos jogando bola e, principalmente, conhecidos na rua.

Se Henry Ford soubesse que um dia os carros poderiam sofrer esse tipo de trato, ele fecharia sua fábrica e abriria um botequim.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Juízo finalmente deu as caras...

Hoje passei o dia com uma dor torturante nos dentes... foi quando eu tive a brilhante idéia de abrir o bocão na frente do espelho... e lá, no canto esquerdo, ao fundo, eu vi... não precisei ter a cabeça muito aberta a novas experiências para imaginar que aquela bolinha branca era um dente e que ele tava dizendo "Ae, eu sou um dente, to de boa aqui" Sim, o meu siso nasceu e eu estou me sentindo como uma mãe que está parindo um filho e sentindo uma dor filha da puta. Ao mesmo tempo fiquei tao chocada de ver aquele objeto intruso na minha arcada dentária que me sinto uma mãe vendo nascer o primeiro dente do primeiro filho.

Os sisos (ou terceiros molares) são os últimos dentes a desenvolverem-se. O ser humano, em sua maior parte, tem quatro sisos, um em cada canto da boca. Normalmente desenvolvem-se entre os 16 aos 20 anos... não deve ser a a toa que o famoso dente do juízo chegou justamente no mês que vou completar meus 20 anos... A verdade é que se a coisa continuar andando assim, eu vou acabar perdendo os dois, tanto o dente como o juízo.